domingo, 29 de dezembro de 2013

ROBOT KEIJI K - 1973 ( ロボット刑事, Robotto Keiji )

 
Robot Keiji K (em japonês: ロボット刑事 Robotto Keiji) é um mangá de Shotaro Ishinomori, publicado na revista Shonen Magazine em 1973. Foi adaptado em uma série Tokusatsu pela Toei, rendendo 26 episódios e um filme. Sua temática é levemente inspirada pelo livro Eu, Robô, de Isaac Asimov, em um misto de ficção científica com Romance policial.
 
Exibido entre abril e setembro de 1973 na TV Fuji, o Policial Robô K (e esse K se pronuncia "kei") foi o primeiro herói a surgir na esteira de Kikaider, que estreou no ano anterior. Para quem não sabe ou não se lembra, Kikaider era praticamente o inverso dos demais heróis henshin, humanos ou alienígenas de aparência humana que se transformam para ganhar incríveis poderes: originalmente, ele era um androide de incríveis poderes, que se transformava para assumir aparência humana.



Um dia, o produtor Akira Hirayama procurou Ishinomori, criador de Kikaider, com uma proposta que expandiria esse conceito: um androide que não assumisse forma humana, mas simplesmente vestisse roupas para ocultar sua aparência, vivendo dentre os humanos sem que ninguém se importasse. Ishinomori gostou da ideia, e assim nasceu K.



Assim como outra criação famosa de Ishinomori, o Kamen Rider, a origem de K está diretamente ligada à organização criminosa que ele combate, chamada Bad. Diferentemente de outras organizações criminosas que planejavam dominar o mundo, a Bad visava simplesmente o lucro a qualquer preço, agindo com crimes como assalto, sequestro e extorsão, sempre tentando obter a maior quantidade de dinheiro possível. Apesar de seu poder, a Bad seria uma organização criminosa comum, se não fosse pelas habilidades de seu líder e fundador, Kirishima, um cientista brilhante da área de robótica. Graças a ele, a Bad se utilizava não de humanos, mas de robôs com características especiais adequadas ao tipo de crime que iriam cometer (os "Bad Robots"), bem como de ciborgues de aparência humana mas grande força, agilidade e velocidade, armados com metralhadoras e facas, que atuavam como capangas (os "Bad Agents").

Graças aos robôs e ciborgues dos vilões, a polícia não era páreo para a Bad, que expandia a cada dia seu império do crime, sem que os valorosos policiais japoneses pudessem fazer nada para impedir. Até que Saori, irmã de Kirishima, decidiu intervir. Também uma cientista brilhante da área da robótica, ela decidiu criar um androide superavançado, que combinava emoções humanas a uma força e inteligência sem comparação, além de esconder todo o tipo de arma em seu corpo. A esse androide ela deu o nome de K.




A princípio, K não era muito bem visto pela polícia, mas, conforme ia derrotando os agentes da Bad, passaria a ser mais respeitado, até que todos passaram a tratá-lo como igual. Como não tinha a capacidade de assumir forma humana, no dia a dia, fora das batalhas, K vestia uma calça comprida branca, um jaquetão vermelho, e sapatos, luva e boina amarela - aparentemente, Saori esqueceu de ensiná-lo a combinar roupas ao programá-lo. Quando chegava a hora da batalha, K arrancava sua jaqueta (e o resto da roupa sumia misteriosamente) para revelar seu corpo robótico, que além de ultrarresistente ainda escondia uma metralhadora, um rifle com mira telescópica, um radar, um monitor de TV, jatos nas pernas que lhe permitiam voar por um curto período de tempo, uma pistola que disparava água ou metal líquido, uma arma sônica, granadas, um detetor de metais, um lança-chamas, uma broca, uma serra e um lança-foguetes. Além disso tudo, K ainda tinha um golpe especial com a mão, parecido com aquele golpe de caratê que quebra tábuas, e o "Modo Blow Up", no qual seu corpo ficava vermelho, ainda mais resistente, e com acesso a dois lança-mísseis nos ombros e três lasers na cabeça.

Uma das características mais distintivas de K eram seus olhos, que mudavam de cor de acordo com sua emoção: normalmente, eles eram amarelos, e no Modo Blow Up eram prateados, mas quando K estava triste eles ficavam azuis, e quando estava zangado, vermelhos. Saori também construiu para ele um carro especial, chamado Joker, que possuía sua própria inteligência artificial, podia alcançar a velocidade de 500 Km/h, e ainda passar por pequenas transformações que lhe permitiam voar ou mergulhar a profundidades de até 300 metros. Saori residia em uma grande fortaleza em formato de estátua chamada, apropriadamente, Mother, para a qual K podia ser levado caso precisasse de reparos.


Dentre os aliados humanos de K estavam o Detetive Go Shinjo, primeiro a aceitar sua presença na polícia, e que acabaria se tornando seu parceiro; o informante Jihei Jigoku ("ouvidos do inferno"), que sempre tentava vender informações quentes para a dupla; e o Inspetor-Chefe Daizo Chiba, que relutou o quanto pôde a ter um robô sob seu comando, principalmente porque suas duas filhas eram apaixonadas por ele.

Robotto Keiji K teve 26 episódios e um filme para o cinema, que era uma espécie de resumo da série, com poucas cenas inéditas. Foi exibido no Havaí no final da década de 1970 com o nome de Robot Detective, pelo qual a série é mais conhecida fora do Japão. Além do tokusatsu, K teve um manga, também escrito por Ishinomori, publicado na Weekly Shonen Magazine no segundo semestre de 1973. Como de costume, o manga tinha várias diferenças em relação à série, a principal a de que o cérebro de K era orgânico, ou seja, ele era um ciborgue, não um androide. 
 
Até hoje, no Japão, K é um personagem muito famoso, tanto que de vez em quando surge um novo policial robô incapaz de assumir forma humana e que às vezes se veste com um jaquetão para homenageá-lo, como o Metal Hero Janperson; o lutador Q, de Street Fighter III; ou o policial Pero, do anime Metrópolis.
 
 
 
 




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