Cybercop, os Policiais do Futuro (電脳警察サイバーコップ) é uma série japonesa de tokusatsu que foi produzida pelos estúdios Toho, sendo exibida originalmente no Japão pela NTV entre 1988 e 1989.
No final da década de 1990, os crimes aumentaram assustadoramente, e o Japão ficou super violento. Para combater esta onda de crimes, foi criada uma divisão especial da polícia, o ZAC, comandada pelo Capitão Hisagi Oda e pela Tenente Shimazu Mizue. Com armas e equipamentos de última geração, o ZAC foi capaz de trazer a criminalidade novamente até um patamar aceitável, e cuidar para que ela se mantivesse assim.
O maior trunfo do ZAC eram quatro policiais de elite, Akira Houjou, Ossamu Saionji, Ryoiti Mori e Tomoko Uesugi. Akira, Ossamu e Ryoiti, os três homens da equipe, receberam armaduras especiais, de codinomes Marte (a verde), Mercúrio (a azul) e Saturno (a cinza), se tornando os Cybercops. Para "vestir" as armaduras, eles entravam em cápsulas especiais que as materializavam em seus corpos, e com elas tinham acesso a poderes como superforça, supervelocidade, superpulos e muitas armas.
Tomoko (interpretada pela cantora Mika Chiba, que, na época, tinha apenas 16 anos) não tinha armadura - até estava prevista para ela uma armadura Vênus, que acabou cancelada por falta de verba do ZAC - mas sua habilidade e perícia faziam com que ela fosse um membro da equipe tão valoroso quanto os Cybercops. Completavam a equipe do Zac os operadores Daisuke Yazawa e Miho Asakura, que ficavam na base distribuindo as missões. O principal modo de locomoção dos Cybercops era um carro de polícia modificado, com equipamentos de última geração, mas eles também usavam uma van que carregava as cápsulas de transformação.
A principal função dos Cybercops era ajudar a polícia local, enfrentando terroristas e outros bandidos mais perigosos. Um dia, porém, surgiu uma organização criminosa chamada Destrap (que, no original japonês, se chamava Deathtrap, a "armadilha mortal"), comandada pelo Barão Kageyama - na verdade, apenas uma marionete do computador super-avançado Fuller (Führer no original), que planejava dominar o Japão. Tendo entre seus membros os renomados cientistas Professor Einstein, Madame Durwin e Dr. Ployd, a Destrap se utilizava de monstros, até bem parecidos com as armaduras dos Cybercops, para cumprir seus propósitos malignos. Muito resistentes e controlados à distância pelo cientista que os inventou, os monstros da Destrap se mostravam fortes demais até mesmo para os Cybercops, que conseguiam enfrentá-los, mas não destruí-los.
Entretanto, bem no dia do primeiro ataque da Destrap, chegou ao Japão um misterioso jovem de nome Shinya Takeda, enviado pela Interpol para treinamento no ZAC. Lutando junto com os Cybercops, Takeda conseguiu controlar o poder da novíssima armadura Júpiter (a vermelha), que conta com um ataque especial capaz de destruir os monstros da Destrap. Admitido na equipe, Júpiter acabou se tornando uma espécie de líder, ganhando, ainda, uma moto futurista e um lugar na banda da qual os demais Cybercops fazem parte em seu tempo vago.
Mais para o meio da série, apareceu um "Cybercop renegado", Lúcifer, e a verdadeira origem de Takeda foi conhecida: ele veio do futuro, com uma missão desconhecida, mas perdeu a memória e se uniu aos Cybercops. Lúcifer também veio do futuro, aparentemente para matar Takeda. No melhor estilo tokusatsu, entretanto, ele foi mudando aos poucos, de vilão para rival amistoso e então aliado ocasional, principalmente após descobrir que Kageyama, que também veio do futuro, era o homem que ele realmente procurava, e não Takeda.
O sucesso da série no Brasil pode ser explicado pela combinação de alguns fatores. Apesar de um orçamento modesto (até mesmo para os padrões de uma série de tokusatsu), efeitos especiais nem sempre convincentes (em razão de problemas ocasionados pelo próprio formato Betamax, Cybercops possuía um roteiro original, com uma história bem-elaborada. Além disso, foram evitados muitos clichês do gênero, que eram usados e abusados pela Toei, como robôs gigantes, super-bazucas, nomes dos personagens previsíveis, como "Red", "Blue", "Black", e outros.
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